Entenda o conceito de sala de aula invertida e conheça seus benefícios

Você já ouviu falar de sala de aula invertida? Entender este modelo inovador de metodologia ativa de ensino pode revolucionar o processo de aprendizagem. Esta metodologia também conhecida como flipped classroom surgiu como uma possibilidade de trabalhar o ensino com uma nova estrutura.

Este conceito é bastante diferente do modelo tradicional que conhecemos. Em uma sala de aula comum a aula é expositiva, o professor apresenta uma determinada matéria e depois disso o aluno sozinho trabalha em cima do conteúdo, com tarefas para casa ou avaliações, certo?

Na sala de aula invertida a intenção é outra. Na verdade, ela é justamente o contrário do que é proposto no modelo de sala de aula que mais conhecemos. Os alunos entendem os conceitos que são aprendidos antes da aula e depois discutem com os demais colegas o que aprenderam para tirar dúvidas e ter o auxílio do conteúdo com professor.

A ideia é relativamente nova e surgiu nos Estados Unidos, especificamente em Ohio durante uma aula de microeconomia em 1996 da Miami University. A iniciativa partiu dos professores Maureen J. Lage, Glenn J. Platt e Michael Treglia.

Depois de uma observação os docentes repararam que alguns alunos não de adaptavam ao modelo tradicional e propuseram materiais para serem estudados antes do conteúdo ser apresentado em sala de aula.

Os materiais oferecidos na época foram livros, vídeos, apresentações em PowerPoint com áudio, diferentes plataformas, e para comprovar se os alunos realmente estavam fazendo essa imersão antes das aulas, as vezes eram aplicados exercícios para avaliação.

Com essa imersão prévia aos encontros, que antes eram usados para apresentação do conteúdo, passaram a ser um momento para atividades criativas que incentivassem os alunos a colocar em prática os conteúdos estudados, por meio de debates e resoluções em grupo.

A experiência que esses professores fizeram foi comparada com outra disciplina de mesmo conteúdo só que apresentada no formato tradicional, e na comparação a conclusão foi que tanto aluno, quanto professores participaram e sentiram-se mais motivados no modelo de sala de aula invertida.

O conceito apesar de bastante inovador e comprovadamente eficaz ficou um pouco adormecido, mas a partir de 2010 após uma série de artigos publicados nos jornais The New York Times e no Chronicle of Higher Education a já conhecida por lá flipped classroom voltou à tona com uma versão que agora atrelava também o uso das tecnologias como aliada.

Benefícios da sala de aula invertida

Toda a história do surgimento do conceito e a comprovação da sua eficácia já mostra o enorme benefício que este modelo pode trazer para o processo de aprendizagem, mas vamos a mais alguns motivos do porquê investir na sala de aula invertida pode ser tão positivo.

  1. Flexibilidade no ensino – No modelo tradicional as atividades consideram o coletivo e não o individual. As aulas são mais expositivas e precisam cumprir o conteúdo programático que será cobrado para uma avaliação. Já na sala de aula invertida o conteúdo é entregue de diversas maneiras, por meio de diferentes recursos, trazendo mais flexibilidade ao aluno e professor. O conteúdo e o ensino são construídos nos debates, nas impressões, questionamentos de cada aluno, tornando a aula mais dinâmica e trazendo o ritmo de cada um para sala de aula.
  2. Aprendizagem personalizada – Falando em ritmo de cada um, este é outro benefício muito positivo da sala de aula invertida: o respeito a individualidade. Cada um aprende em um ritmo e de uma forma. E a maneira com que cada aluno vai trazer o conteúdo que aprendeu para o debate em sala, mostra questões inclusive comportamentais de cada um, possibilitando ao professor traçar um melhor caminho para o ensino individual, adequando as necessidades individuais.
  3. Melhora o desempenho – Se eu possibilito ao aluno trabalhar com abordagem que ele mais se identifica, e ao professor entender como lidar com as peculiaridades de cada um, consequentemente o desempenho melhora. O aluno consegue guardar e sentir mais motivado o que aprende, além de mais confortável em encontrar seu caminho para os estudos, o mesmo acontece para o professor que sabe a melhor maneira de lidar.
  4. Figura do professor é valorizada – Ao contrário do que se pode pensar o professor é peça fundamental deste processo. O papel dele se transforma de não só aquele que passa o conteúdo, mas o de mediador, e pedagogicamente falando o universo do ensino é ampliado, afinal, ele precisa entender as habilidades e limitações de cada aluno para manter um ensino de qualidade. Além disso, a sala de aula invertida promove muito a relação interpessoal, e o professor neste momento tem uma figura muito importante em como tornar este ambiente atrativo e acolhedor à todos para alcançar melhores resultados.

Alguns estudos mostram que este processo de aprendizagem proposto pela sala de aula invertida é bastante popular entre os alunos e professores e que seus resultados são efetivos.

Fato é que este novo modelo de ensino é algo que precisa ser realidade e debatido cada dia mais entre os professores, o cenário atual trouxe a necessidade de mudanças para ontem e o ensino precisa caminhar junto a isso.

O que você pensa deste modelo de sala de aula invertida?

O que são metodologias ativas de ensino?

Sala de aula, quadro, professor falando sobre o conteúdo, alunos ouvindo, avaliação ao final. Todos estes elementos fazem parte de uma sala de aula e forma de ensino tradicional, tudo que não compõe o que é conhecido como: metodologias ativas de ensino, nosso bate-papo de hoje.

A maioria de nós se formou ou está acostumado com a metodologia de ensino tradicional, a chamada metodologia passiva de ensino, onde o professor é o protagonista da educação. As metodologias ativas de ensino propõem justamente o contrário, quem é o personagem central no processo de aprendizagem é o aluno. E isso tem uma razão de ser.

Com as tecnologias emergentes tivemos e ainda passamos por mudanças na forma como nos relacionamos com o mundo de maneira geral. E na educação não é diferente. Precisamos entender que o processo de ensino também precisava evoluir e caminhar neste sentido.

A terminologia e “aprendizagem ativa” começou a ser utilizada e debatida pelo professor inglês R.W. Revans ainda na década de 1930. E estudos apontam que as metodologias ativas de ensino em si surgiram na década de 1980. Fato é que o debate a importância sobre esta nova forma de aprender e ensinar não é nova.

Além disso, conseguimos ver que as metodologias ativas de ensino já são mais que um debate, mas uma realidade. Esta já e uma alternativa ao método tradicional de ensino, e podemos ver isso quando um dos princípios da Base Nacional Comum Curricular é justamente a promoção do aluno como protagonista no processo de ensino-aprendizagem.

Um dos incentivadores e porque não dizer precursores das metodologias ativas de ensino foi William Glasser e sua pirâmide de aprendizagem. William Glasser foi um psiquiatra norte-americano, estudante da saúde mental, educação e comportamento humano, que pesquisou durante anos uma nova forma de aprender.

Os resultados dos seus estudos mostraram que caso os estudantes fossem expostos a metodologias ativas, o desenvolvimento e aprendizado seriam melhores, e a partir disso ele criou um gráfico em forma de pirâmide de conhecimento.

No topo da pirâmide representando 10% da aprendizagem está a leitura, ouvindo aprendemos 20%, assistindo 30%, escutando e vendo 50%, debatendo, refletindo, reproduzindo 70%, praticando 80% e ensinando aos outros 95%.

Esse estudo trouxe algo importante para evolução da metodologia ativa de ensino, afinal, foi possível comprovar que as formas que se encontram base da pirâmide, os três últimos tópicos que foram falados, são onde ficam as formas ativas de ensinar e aprender, e as que alcançam um melhor resultado.

Com mais estudos e evolução deste método surgiram várias técnicas e estratégias de incluir a metodologia ativa de ensino no dia a dia da sala de aula, promovendo um ensino onde o aluno é protagonista da educação. Algumas dessas formas são: sala de aula invertida, atividades em grupo, promoção de debates, pesquisas em campo, uso da tecnologia nas mais diversas situações.

Todas essas novas maneiras de ensinar trazem inúmeros benefícios aos alunos. A qualidade e melhoria do aprendizado é o primeiro ponto a ser notado. Fatores como aumento da autonomia, protagonismo do aluno, aprofundamento do senso crítico são outros pontos visíveis nos alunos que tem acesso ao processo de ensino por meio de metodologias ativas.

Além disso, esse tipo de ensino também promove colaboração com os colegas, melhorando aspectos de relação entre os alunos. O desenvolvimento do senso de responsabilidade e uma maior compreensão da importância de participação na sociedade é algo que também aparece com a nova forma de aprender.

E os benefícios não param. O aluno exposto a esta forma de aprendizagem desenvolve confiança, tem mais satisfação ao aprender, afinal o processo é mais lúdico e interessante.

É possível perceber que os elementos aprendidos com as metodologias ativas de ensino extrapolam a formação de conteúdo do aluno. Aspectos sociais importantes e até mesmo características essenciais para um futuro profissional são trabalhadas desde cedo.

Nas nossas próximas conversas vamos aprofundar um pouco mais sobre esse universo das metodologias ativas de ensino. Você já faz uso dessas técnicas em sala de aula? Consegue perceber os benefícios acontecendo? Compartilhe nos comentários a sua opinião!

Conheça os benefícios da educação bilíngue

Normalmente aprendemos uma nova língua de forma paralela a educação do currículo tradicional das escolas.  Em alguns casos quando a instituição oferece uma segunda língua, normalmente o inglês, não vai muito além do básico. Este cenário está mudando e cada vez mais escolas investem na educação bilíngue e ela vem ganhando espaço.

De acordo com dados da Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi), houve um aumento de 6% a 10% entre as escolas bilíngues do Brasil nos últimos cinco anos. Outro dado interessante da Abebi aponta que, cerca de 3% das instituições de ensino privadas, um número aproximado de 1,2 mil instituições, tem algum programa relacionado a educação bilíngue.

Para ser considerada uma pessoa bilíngue ela deve falar, pensar e raciocinar em dois idiomas de maneira confortável, por isso muito mais que atividades em outra língua, uma instituição de ensino que se propõe a implementar uma educação bilíngue precisa investir em toda uma estrutura que proporcione esse ensino de maneira efetiva.

A escola bilíngue traz para sala de aula uma integração de todos os temas em duas línguas, aulas de matemática, história, literatura, geografia e outras são ensinadas em sua totalidade explorando cultura e ambientação também no segundo idioma.

O processo de ensino passa ser bilíngue, mas não torna a escola internacional. No caso da educação bilíngue é utilizado o currículo brasileiro, diferentemente de uma escola internacional que leva em consideração inclusive o calendário escolar do país de origem.

4 benefícios da educação bilíngue

  1. Desenvolver o idioma mais facilmente – Quando a criança tem a vivência com idioma durante o processo de aprendizagem tradicional, a segunda língua passará a ser algo natural. Tudo que for associado ao aprendizado em português, será visto no outro idioma também, proporcionando a associação e consequentemente facilitando a fluência.
  2. Competitividade para mercado de trabalho – Cada vez mais o mercado valoriza quem consegue falar e desenvolver projetos em mais de uma língua. A criança que tiver essa vivência desde cedo conseguirá tirar isso de letra.
  3. Aprender outra cultura – A educação bilíngue proporciona a enorme vantagem de o aluno ter uma imersão em outra cultura. Afinal, ele vai aprender além do idioma, mas seus costumes, geografia, culinária e outras peculiaridades. Isso é extremamente enriquecedor para a formação de qualquer indivíduo.
  4. Aulas dinâmicas e tecnologia – Escolas bilíngues acabam sendo mais dinâmicas, pois precisam ter aulas diferentes para que a integração dos idiomas seja feita, isso torna o ensino mais atrativo para as crianças. Além disso, os educadores podem usar na sala de aula elementos de tecnologia que deixam tudo mais próximo da realidade deles, que convivem o tempo todo com gadgets. Vídeos, realidade virtual, sites, ferramentas que levam o aprendizado para além da sala de aula.

Apesar de muito atrativa, a educação bilíngue ainda tropeça em alguns desafios. No Brasil ela não é regulamentada pelo MEC, por isso quando for fazer a escolha da instituição de ensino, deve-se estar muito atendo ao projeto pedagógico da escola.

Outro desafio é que apesar de tornar o mercado mais competitivo ter uma escola bilíngue requer profissionais capacitados para conduzir uma aula com dois idiomas, e nem sempre eles estão facilmente disponíveis no mercado.

Em relação a língua inglesa por exemplo, um estudo do Conselho Britânico, revela que mesmo que essa característica seja considerada um diferencial para o currículo, apenas 1% da população brasileira é realmente fluente na língua.

A conclusão que se chega é que ainda estamos engatinhando nesse modelo de aprendizagem, mas que a educação bilíngue tem um futuro promissor no Brasil e que investir nessa metodologia de ensino pode trazer muitos benefícios na formação dos futuros cidadãos. Compartilhe sua opinião sobre tema nos comentários.

Neurociência na sala de aula

Nosso cérebro é um órgão de aproximadamente um quilo e meio, algo que poderíamos segurar na palma da mão. Essa importante engrenagem do nosso corpo é considerada o centro de inteligência e aprendizagem do organismo humano.

Para entender algo tão fantástico surgiu a neurociência, que tem como objetivo estudar e entender o funcionamento do nosso sistema nervoso central. Esta ciência pretende desvendar como a mente funciona e como podemos estimulá-la para otimizar seus processos e aprendizados. E tudo isso também tem recebido um novo olhar: como usar a neurociência na sala de aula como importante aliada na hora de aprender (e também ensinar).

Aprender é algo inerente a todos os seres humanos, descobrimos diariamente novas informações e absorvemos, as vezes até sem fazer filtros. Entender o funcionamento de como é feito a aquisição de conhecimento é fundamental para auxiliar a forma que fazemos este processo.  Por isso usar a neurociência na sala de aula é fundamental.

O aprendizado é um processo que também acontece no sistema nervoso, começa pelos nossos sentidos e é levado ao cérebro, onde é compreendido, assimilado e correndo tudo bem, armazenado. Acontece que, depois de passado algum tempo, se não estimularmos corretamente, esse aprendizado é esquecido.

Uma série de fatores afetam nosso sistema nevoso central, eles são os responsáveis e podem influenciar positivamente no processo de aprendizagem. Alguns deles são:

Memória: ela acontece por meio da ativação de circuitos neurais com associação, um circuito ativa o outro e o próximo e assim sucessivamente. Quando fazemos isso frequentemente com determinado circuito, as chamadas sinapses ficam cada vez mais estáveis, tornando o processo mais simples e rápido e isso é chamado de memória. Portanto, quando aprendemos algo novo lembramos dele mais facilmente ao associar com algo que já conhecemos. Este fato é de extrema importância e mostra como o uso da neurociência na sala de aula é algo prático e possível de ser feito nas atividades passadas aos alunos. Ao ensinar algo novo é possível estimular essa associação para que o aprendizado seja memorizado.

Atenção: outro ponto que é sabido e influencia muito o aprendizado em sala de aula é a atenção. O nosso sistema nervoso central só é capaz de processar aquilo em que presta atenção, pois ela está ligada aos estímulos que recebemos e o nosso interesse. Por isso é importante não usar estímulos excessivos, pois não conseguimos prestar atenção em nada, mas ao mesmo tempo é entender quais estímulos são necessários para conseguir reter atenção dos alunos.

Plasticidade cerebral: nosso cérebro pode mudar ao longo do tempo devido a interferência do ambiente e isso é chamado de plasticidade cerebral. É a capacidade que temos de ser afetado por estímulos externos, que influencia diretamente no aprendizado. Quanto mais plástico for nosso cérebro, com mais facilidade vamos adquirir conhecimento. O uso de metodologias ativas por professores ajuda neste processo, por exemplo.

Emoção: outro fator que deixa as sinapses mais fortes e estáveis além da memória, é a emoção. Ela inclusive influencia nossa memória, e isso é algo muito valioso para o aprendizado. É importante trabalhar as emoções para o relacionamento entre aluno e professor afetar positivamente esse processo.

4 maneiras práticas de pensar e usar a neurociência na sala de aula

Estimule os sentidos – Quando usamos recursos multissensoriais ativamos múltiplas redes neurais, por isso o professor pode usar deste recurso para ampliar o aprendizado. Por exemplo, se a aula é sobre um determinado tipo de vegetação e você proporciona ao aluno vê-la, senti-la, além de somente ler e falar sobre ela, a captação do conhecimento pode ser muito maior.

Fale novamente, reveja, de novo e de novo… – Nossas memórias são consolidadas a partir da ativação dos circuitos neurais como foi falado acima, para isso as informações e experiências passadas precisam ser revistadas. Por isso, repita de diferentes formas o mesmo conteúdo e mantenha dessa forma as conexões cerebrais ligadas a elas.

Valorize o (desc)conhecimento e a curiosidade – Parece estranho, mas na verdade aqui a reflexão é: toda aula e o processo de aprendizagem em si começa com algo que não conhecemos. Perguntas como:  Por quê? Qual? Como acontece? levam a tantos desdobramentos que trazem respostas que se consolidarão como conhecimento.  Tudo isso deve ser valorizado. O cérebro seleciona informações que considera mais relevante para bem-estar e sobrevivência, e ignora o que não tem relação com sua vida e necessidades, isso é evolutivo. Por isso ao responder essas perguntas, o professor precisa passar a informação e conhecimento, relacionado a coisas que tenham a ver com o arquivo de experiências e relevância no cotidiano do aluno.

Ambiente e tempo das aulas – Aulas longas e densas são mais propensas a distraírem os alunos, alterne atividades e as formas com que elas serão apresentadas, por exemplo, entre fala do professor, vídeos, debates dos alunos. O ambiente também deve estar confortável para que o aluno se sinta à vontade em ficar mais tempo e querer aprender.

A verdade é que não existe a receita de bolo infalível, mas entender as limitações e como podemos potencializar com pequenas atitudes a capacidade do cérebro ajudam a tornar o processo de aprendizagem mais atrativo e faz com que o professor consiga a conduzir melhor a maneira que vai ensinar, entendendo as peculiaridades de cada aluno.

É preciso entender que usar a neurociência na sala de aula não significa resolver todos os problemas, mas os estudos e conhecimento que ela nos traz auxiliam a pensar a educação de uma maneira diferente com novas possibilidades e novas maneiras de interação.

Deixe nos comentários a sua opinião sobre a importância da neurociência na sala de aula.  

Saiba mais sobre BYOD na educação

Inovação, mobilidade, cooperação, são todos conceitos que estão sendo amplamente debatidos e tem tudo a ver com o cenário atual da educação. O bate-papo de hoje será sobre BYOD na educação, um método já usado por empresas, que agora está migrando para salas de aula.

A sigla em inglês que significa Bring Your Own Device, uma metodologia de trabalho onde as empresas permitem que seus colaboradores tragam seus gadgets para exercerem suas atividades. O mesmo conceito seria aplicável para salas de aula.

No Brasil a ideia ainda está engatinhando, mas o movimento é crescente em escolas dos EUA, alguns países da Europa, como é o caso da Inglaterra. Com o BYOD é possível dar aos alunos mais possibilidades de aprendizagem além da tradicional lousa.

Além disso, outra vantagem do BYOD na educação é que ele traz a possibilidade de os alunos terem a vivência com os avanços tecnológicos, sem necessariamente este ser um processo custoso para as instituições de ensino, uma vez que todos esses aparelhos fazem parte da rotina da maioria fora das salas de aula. Tudo isso faz a ideia do uso da tecnologia na educação algo mais viável.

E não é só a possibilidade de tornar mais próxima a realidade do uso da tecnologia na educação que o BYOD traz como benefício, veja os outros pontos positivos de adotar este conceito no processo de aprendizagem.

Para os professores

  • Os docentes poderão facilitar sua rotina de aulas usando seus próprios dispositivos, como, por exemplo, na hora de lançar notas, faltas. Isso permite ao professor ter mais flexibilidade para fazer seu trabalho de qualquer lugar, o que pode impactar diretamente na produtividade.
  • Ainda pensando no processo de ensino, professores podem dar instruções personalizadas por meio dos dispositivos, adaptando os diferentes estilos de aprendizagem. O aluno poderá acessar conteúdos diversos, aprendendo fora de sala de aula, no seu ritmo, usando todos os benefícios da aprendizagem assíncrona.

Para os alunos

  • Os alunos acabam aumentando sua participação nas aulas com conceito BYOD. Poder usar seus dispositivos pessoais traz proximidade e facilita o processo, uma vez que eles já estão habituados com a tecnologia que tem nas mãos. Eles podem buscar mais conteúdo que complementem o que está sendo passado, além de praticarem diferentes formas de fixação sobre determinada matéria.
  • Com o BYOD na educação os alunos se sentem estimulados a colaborarem e se comunicarem com os outros. O horizonte é ampliado e eles tem mais oportunidades de interação, que não fica limitada somente as horas que estão na sala de aula. Dúvidas podem ser sanadas e trocadas com colegas por meio dessa interação, enriquecendo o processo de aprendizagem. Isso é feito por meios de aplicativos que permitem o compartilhamento do conteúdo, como é o caso de drives na nuvem, grupos em aplicativos de mensagens, entre outros.

Desafios da implantação do BYOD na educação

Apesar de todos os pontos positivos falados acima, um desafio ao implementar o BYOD na educação é o cuidado que se deve ter para que o engajamento não se torne dispersão. Os alunos precisam acessar conteúdos que estão relacionados a aula em si, para que o dispositivo seja um aliado, e não elemento que atrapalha o ensino.

Para que isso não aconteça é possível implementar ferramentas de segurança, controle e disponibilizar sistemas educacionais. Essas ações já diminuem bastante o possível problema. Com a implementação de um sistema educacional principalmente, os alunos podem ter um envolvimento maior ao saber quais serão as próximas atividades a serem feitas, por exemplo.

A realidade é que o uso da tecnologia em geral tem se mostrado bastante eficaz e importante na hora de melhorar a qualidade de ensino, uma vez que os alunos ficam mais engajados a participarem das aulas, e o uso dos seus próprios dispositivos na hora de aprender aproxima ainda mais de suas rotinas.

E vale pensar: durante a pandemia de Covid-19, a tecnologia tem sido fundamental para a educação.

E você o que acha do assunto? Deixe nos comentários a sua opinião sobre o BYOD na educação. Acredita que  é algo agregador ou pode mais atrapalhar do que ajudar?